quinta-feira, 13 de março de 2014

10 curiosidades sobre a Páscoa

1. A origem da palavra "Páscoa" é hebraica. Vem de "Pessach", que significa "Passagem". Comemora um marco na história do povo judeu: a travessia do mar Vermelho ao se libertar de um longo período de escravidão no Egito. Com este sentido, a Páscoa foi instituída no ano de 1513 a.C. Antes disso, a data era utilizada pelos povos que habitavam a bacia do Mediterrâneo para prestar sacrifícios de gratidão aos deuses pela colheita, que ocorria na primeira lua cheia da primavera.
2. Os católicos acreditam que a ressurreição de Cristo ocorreu próximo ao equinócio da primavera no hemisfério norte, em um dia de lua cheia. Por isso, em 325 d.C., o Concílio de Niceia estabeleceu que a festividade sempre cairia no primeiro domingo depois que ambos os eventos ocorressem. Com a introdução do calendário gregoriano em 1582, o cálculo da data passou a ser feito pelo calendário lunar, cujo mês tem 22 dias. A Páscoa é celebrada desde então no primeiro domingo depois da lua cheia eclesiástica pós-equinócio, que sempre acontece entre os dias 22 de março e 25 de abril.
3. É a partir da Páscoa que todas as outras datas do calendário são estabelecidas. Os cristãos passaram a festejá-la no primeiro domingo depois da primeira lua cheia do outono (no hemisfério sul). Dois dias antes do domingo de Páscoa é a Sexta-Feira Santa. Quarenta dias antes é a Quarta-Feira de Cinzas e, portanto, 43 dias antes, o Carnaval.
4. Na tradição cristã, Jesus foi crucificado e sepultado numa sexta-feira, mas ressuscitou na madrugada do domingo. O domingo anterior ao dia da Páscoa é o domingo de Ramos, quando se celebra a entrada de Jesus em Jerusalém.
5. No Hemisfério Norte, a Páscoa é comemorada no início da primavera e também celebra o fim do inverno, a volta da vida. Segundo o historiador Venerável Bede, do século 8, o próprio nome inglês para a celebração, Easter, deriva de Eostre, deusa anglo-saxã do amanhecer. Ambas as palavras representam o renascimento: depois da escuridão, a restauração.
6. O Domingo de Ramos marca o início da Semana Santa. A data recebeu este nome em referência ao trecho bíblico que narra a visita de Jesus Cristo a Jerusalém poucos dias antes de sua crucificação. Ao saber que Cristo estava próximo da cidade, a população cortou ramos de árvores, ramagens e folhas de palmeiras para recebê-lo. Ele entrou no lugar no dia seguinte, montado em um jumento, e foi recebido com o abanar de folhagens e os clamores de "Rei dos Judeus", "Hosana ao Filho de Davi" e "Salve o Messias". A manifestação causou muita inveja nos poderosos da região, que começaram a se organizar para condenar Jesus à morte.
7. Com a crucificação e ressurreição de Jesus Cristo, a Páscoa ganhou um terceiro significado: a passagem da morte para a vida. Os cristãos utilizam a comemoração para relembrar a imolação do Filho de Deus, que com seu sacrifício livrou os homens dos pecados. A libertação, que para os judeus foi física, se tornou também espiritual.
8. A Páscoa judaica, ou Pessach, é comemorada no 14º dia de Nissan (mês do calendário lunar, que é o seguido pelos judeus). Diferentemente da Páscoa cristã, a festa relembra a libertação dos hebreus de um longo período de escravidão no Egito. Uma série de rituais marcam a festa, celebrada durante 8 dias. Entre eles figura o Seder, um banquete no qual é recontada toda a história da fuga do Egito. Esta refeição inclui uma série de alimentos com função simbólica.
9. O costume de se trocar ovos na Páscoa começou nos primórdios da tradição da data. Mas a substituição dos ovos de verdade pelos de chocolate veio só no século 19, primeiramente na Alemanha. O ovo é um símbolo de nascimento, de renovação da vida - o mote da celebração da Páscoa.
10. Alguns cristãos ortodoxos rejeitam a tradição dos ovos de chocolate na Páscoa, pelo caráter pagão que a festa acabou adquirindo.

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